O estado de São Paulo vive uma crise de saúde pública devido à epidemia de dengue, com mais de 2,16 milhões de casos prováveis registrados em 2024. Este número ultrapassa o recorde anterior de 745 mil, refletindo a gravidade da situação. Desses casos, aproximadamente 2,12 milhões foram confirmados até o momento, embora os dados ainda sejam preliminares e possam sofrer ajustes. Em todo o Brasil, a epidemia se expandiu, com 6,6 milhões de casos prováveis e 5,8 milhões de confirmações. A combinação de fatores, como as mudanças climáticas, falhas nas estratégias de controle do mosquito Aedes aegypti e a presença dos quatro sorotipos do vírus, é apontada como responsável pela escalada dos casos.
Em 2024, o Ministério da Saúde registrou 5.900 mortes relacionadas à dengue, com 1.003 óbitos ainda sob investigação. O estado de São Paulo concentra um número alarmante de 2.005 mortes, sendo que 427 estão em análise. Para efeito de comparação, em 2015 o estado teve 504 óbitos e, no ano passado, foram 286. Esses números indicam um aumento preocupante nos casos fatais da doença, com especial atenção à necessidade de prevenção e monitoramento.
Especialistas ressaltam que, apesar da falta de um tratamento específico para a dengue, muitas mortes poderiam ser evitadas com a detecção precoce dos sintomas e cuidados médicos adequados. O desafio continua a ser o combate ao mosquito transmissor, além de melhorar as estratégias de saúde pública e educação para prevenir a propagação da doença. A situação demanda urgência em medidas de contenção e um esforço conjunto de autoridades e população para controlar o surto.