A família de um idoso que faleceu no naufrágio de um catamarã em Maragogi, Alagoas, está enfrentando dificuldades para a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML) de Maceió. O corpo de Silvio Bispo Romão, de 76 anos, permanece aguardando liberação desde a manhã de sábado (14), com a família relatando que, até o momento, apenas três corpos foram entregues. A situação está gerando grande angústia entre os parentes, com o filho da vítima expressando frustração pela falta de previsões concretas de quando o corpo será liberado para sepultamento.
A demora no processo de liberação está associada à paralisação de peritos e técnicos forenses em Alagoas, que durou 48 horas, como explicou o vice-presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais do estado. A categoria alega a falta de recursos, como equipamentos adequados, e a carência de pessoal para atender a demanda. Além disso, a paralisação gerou um acúmulo de corpos no IML, com a vítima do naufrágio ocupando a 8ª posição na fila. A greve foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Alagoas, embora o sindicato tenha informado que não foi notificado sobre a decisão.
O naufrágio ocorreu durante um passeio turístico com 47 passageiros a bordo, e a vítima estava hospedada em um resort em Pernambuco. De acordo com o Corpo de Bombeiros, apesar de a embarcação estar equipada com coletes salva-vidas, os equipamentos não foram usados pelos passageiros, o que pode ter contribuído para a gravidade do acidente. A Marinha e a Polícia Civil estão investigando as causas do naufrágio.