Após ser afastado da Polícia Civil de São Paulo, o delegado Fabio Pinheiro Lopes, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), se manifestou em coletiva, negando as acusações relacionadas à delação de Vinícius Gritzbach. Segundo Pinheiro, Gritzbach foi enganado pelo advogado Ramsés Benjamin Samuel Costa Gonçalves, que teria alegado encontros falsos entre ele e o delegado. Pinheiro também refutou as alegações de que o advogado teria apresentado procuração em nome de Gritzbach, e anunciou que, tanto ele quanto o deputado Delegado Olim, moveriam ações por calúnia contra o advogado.
O afastamento de Pinheiro ocorre no mesmo período em que a Polícia Federal deflagrou a Operação Tacitus, que resultou na prisão de sete pessoas, incluindo policiais civis, acusados de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação foi baseada em informações fornecidas pela delação de Gritzbach, que havia sido executado em novembro. Entre os presos está o delegado Fábio Baena, citado na delação como envolvido em atividades criminosas, mas ainda sem comprovação de ligação com a morte do empresário.
Embora a investigação sobre a possível relação entre os policiais presos e o assassinato de Gritzbach continue, as prisões têm como objetivo reunir mais provas sobre o envolvimento de policiais com o PCC. Até o momento, não há elementos suficientes para confirmar o envolvimento direto dos agentes na execução do empresário, mas as investigações seguem em curso, com o foco na apuração de crimes dentro da corporação e suas possíveis conexões com a facção criminosa.