O delegado José Brandini Júnior foi afastado de suas funções na Polícia Civil de São Paulo, acusado de envolvimento em fraudes em contratos públicos. A Corregedoria da instituição cumpriu mandados de busca e apreensão em diversos locais associados ao delegado, encontrando R$ 400 mil em espécie em um de seus endereços. Brandini, que ocupava o cargo de chefe da Divisão de Tecnologia da Informação do Departamento de Inteligência, está sendo investigado no âmbito de uma operação voltada ao combate a práticas ilícitas dentro da corporação.
Além de Brandini, outros dois delegados, Fabio Pinheiro Lopes e Murilo Fonseca Roque, também foram afastados na mesma data, em decorrência de uma delação premiada que os vinculou a investigações em curso. A delação envolveu acusações graves, incluindo supostos crimes praticados por membros da Polícia Civil. Esses afastamentos ocorrem em meio a uma semana tensa para a corporação, marcada ainda pela prisão de sete pessoas, incluindo policiais, durante uma operação realizada pela Polícia Federal.
Por fim, a chefe da Corregedoria, Rosemeire Monteiro de Francisco Ibañez, também pediu para deixar o cargo após a prisão de seu sobrinho, um policial acusado de envolvimento com organizações criminosas. A operação gerou novos desdobramentos, com investigações sobre supostas negociações ilegais envolvendo grandes somas de dinheiro com facções criminosas. A série de afastamentos e prisões evidencia uma intensificação das apurações sobre corrupção e má conduta dentro da Polícia Civil de São Paulo.