A defesa de um ex-ministro de Estado solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação de sua prisão preventiva, argumentando que não há elementos suficientes para justificar a medida. O ex-ministro foi detido em dezembro sob suspeita de envolvimento em tentativas de obstruir investigações relacionadas a um alegado plano golpista, com o Ministério Público afirmando que ele tentou manipular depoimentos e esconder informações. A defesa rebateu os argumentos da Polícia Federal, destacando contradições e inconsistências nas provas apresentadas, especialmente no que diz respeito a depoimentos de um colaborador.
A prisão preventiva foi também fundamentada na alegação de que o ex-ministro teria financiado ações violentas contra autoridades em 2022, com base em uma delação. No entanto, os advogados do acusado contestam a veracidade das informações, apontando falta de detalhes concretos e correlação com os fatos. Além disso, argumentam que a medida cautelar não é necessária, já que não há evidências de risco iminente de repetição dos atos criminosos, defendendo a substituição da prisão por outras medidas menos gravosas.
O caso está sendo acompanhado de perto pela Procuradoria-Geral da República, que se opõe à revogação da prisão, alegando que os riscos à ordem pública e à continuidade das investigações permanecem. A PGR sustenta que as provas de envolvimento do ex-ministro em crimes graves são suficientes para manter a prisão preventiva e evitar novas tentativas de obstrução da justiça. O ex-ministro é um dos 40 indiciados pela Polícia Federal no âmbito de investigações sobre o suposto plano de desestabilização do governo.