O ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo anterior se manifestou por meio de seus advogados, afirmando não ter tomado conhecimento de um plano golpista que envolvia a tentativa de golpe de Estado e o assassinato de autoridades. O militar foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga um suposto golpe ocorrido entre outubro de 2022 e janeiro de 2023. As investigações indicam que, além de um golpe contra o governo recém-eleito, o plano envolvia ações violentas contra o presidente e outros membros de alto escalão.
De acordo com o depoimento de um ex-assistente do governo, o general teria supostamente financiado a ação, que incluía a formação de um grupo especializado para executar o plano. Contudo, a defesa de Braga Netto refuta essas alegações, argumentando que ele não coordenou nem aprovou qualquer ação desse tipo, tampouco forneceu recursos financeiros para a operação, como afirmado pela PF.
O indiciamento, que inclui acusações graves de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, é baseado em investigações detalhadas da PF, que apontam o ex-ministro como uma figura central na tentativa de golpe. A Polícia Federal também destacou a possível tentativa de obstruir a investigação, revelando elementos que indicam o envolvimento de altos oficiais no planejamento de medidas coercitivas e ações militares para desestabilizar a ordem democrática. As penas somadas para os crimes mencionados podem ultrapassar 28 anos de prisão.