A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) acionou o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) após realizar uma inspeção no Ginásio de Esportes da Vila Pedroso, em Goiânia, que havia sido anunciado como abrigo emergencial para a população em situação de rua. Durante a visita, a equipe da Defensoria constatou que o local estava fechado, com as portas trancadas e sem movimentação, contrariando as promessas da Prefeitura de Goiânia, que havia divulgado o espaço como apto para acolher até 100 pessoas, incluindo seus animais de estimação.
A situação da população em situação de rua em Goiânia tem se agravado, especialmente após as fortes chuvas da última semana, que alagaram áreas da capital. Estima-se que cerca de 4 mil pessoas vivam em situação de rua no estado, com a maior concentração em Goiânia. A DPE-GO vinha dialogando com a prefeitura antes do início das chuvas para garantir o acolhimento adequado, mas as promessas feitas pela administração municipal, como a oferta de transporte e a disponibilização de alimentação, não foram cumpridas.
Em resposta ao não cumprimento das condições estabelecidas, o coordenador do Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH), defensor público Tairo Esperança, se reuniu com autoridades municipais e do Ministério Público de Contas para discutir o cenário e reforçar as cobranças sobre a omissão da gestão pública no que diz respeito à assistência à população vulnerável. O foco da reunião foi destacar os problemas recorrentes nos serviços de acolhimento da cidade, como o Centro Pop e a Casa de Acolhida, e a necessidade urgente de uma resposta eficaz para mitigar a crise social.