Empresas de diferentes setores, como saúde, biotecnologia e engenharia, têm em comum o fato de serem classificadas como “deep techs”, ou seja, companhias que se baseiam em tecnologias avançadas e profundas, exigindo amplo conhecimento científico e uma equipe altamente especializada. Elas enfrentam desafios únicos ao transitar do ambiente acadêmico para o mercado, sendo necessárias longas etapas de pesquisa, desenvolvimento e capital para viabilizar suas inovações. Entre as áreas em que atuam essas empresas estão a produção de proteínas, a telemedicina e o monitoramento ambiental via satélites.
Essas startups, como a Lookinside, Biolinker e Quasar Space, são exemplos de como a ciência pode ser aplicada de forma prática e inovadora, com o apoio de programas como o Sebrae Catalisa ICT. De acordo com especialistas, a integração de instituições públicas e privadas, além de melhorias no sistema regulatório, são essenciais para o crescimento dessas empresas, que enfrentam dificuldades financeiras e de mercado, especialmente no início de sua jornada.
O Sebrae tem incentivado o desenvolvimento das deep techs por meio de editais que apoiam a validação de tecnologias, captação de investidores e expansão do negócio. Contudo, o caminho dessas empresas ainda é longo e desafiador, demandando não apenas um capital significativo, mas também o apoio de uma rede de parceiros e instituições que possam auxiliar no processo de transformação de ideias inovadoras em soluções escaláveis e impactantes para a sociedade.