O Supremo Tribunal Federal determinou a suspensão das visitas ao oficial do Exército Rodrigo Bezerra Azevedo, preso desde novembro pela Operação Contragolpe da Polícia Federal. A decisão foi tomada após a tentativa de entrada de itens proibidos, como fone de ouvido, cabo USB e cartão de memória, em uma caixa de panetone destinada ao detido. O episódio ocorreu na carceragem do Batalhão de Polícia do Exército em Brasília, gerando questionamentos sobre as condições e regras das visitas.
A defesa de Azevedo afirmou que entrará com um pedido para revisão da decisão, argumentando que a suspensão total das visitas seria desproporcional. O advogado responsável afirmou que a medida afeta injustamente familiares como a esposa e a filha do detido, que não têm relação com o incidente. A irmã do oficial, envolvida na tentativa de entrega dos itens, afirmou que tudo se tratou de um mal-entendido e que os materiais não chegaram a entrar no presídio.
A situação também reacendeu debates sobre ações clandestinas, dado o envolvimento do oficial em investigações relacionadas a atividades de alto risco e mensagens interceptadas. No entanto, a defesa nega as acusações e apresenta um álibi que contraria as alegações iniciais. O caso levanta questões sobre individualização de condutas e limites nas decisões judiciais relacionadas a direitos de presos e suas famílias.