A partir de segunda-feira (9), os policiais militares do Estado de São Paulo passaram a ser obrigados a usar câmeras corporais durante todo o expediente, conforme determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. A medida visa aumentar a transparência e evitar abusos de poder, especialmente após casos recentes de agressões envolvendo PMs. Apesar da decisão, a região de Ribeirão Preto ainda não conta com batalhões equipados com essas câmeras, o que pode atrasar a implementação total da medida.
A obrigatoriedade das câmeras corporais tem como objetivo coibir abusos por parte dos policiais, como o ocorrido em setembro, quando imagens de segurança flagraram uma ação violenta de PMs em um bar local. O ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Claudio Silva, destacou que o uso de câmeras poderia ter evitado o episódio, pois estudos indicam que os policiais tendem a seguir melhor os procedimentos operacionais quando estão sendo filmados. Contudo, as câmeras ainda não estão disponíveis para os batalhões da região, o que gera preocupações quanto à eficácia da medida.
O governo do estado assinou recentemente um contrato para a aquisição de 12 mil novas câmeras corporais, com a expectativa de expandir a cobertura para outros comandos de policiamento. No entanto, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) não forneceu detalhes sobre quando as câmeras chegarão à região de Ribeirão Preto, e o processo de implementação deverá ser gradual. A SSP informou que atualmente 52% das unidades policiais do estado já possuem câmeras operacionais, mas o uso dessas ferramentas ainda está em fase de expansão.