A recente elevação de 1 ponto percentual na taxa Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), gerou reações negativas de setores produtivos e de membros do governo. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), presidido pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, aprovou uma moção criticando a decisão do Banco Central. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) destacou que a medida pode prejudicar o crescimento econômico, além de comprometer investimentos e a geração de empregos no país.
O setor produtivo também se manifestou contra a decisão. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou o aumento dos juros como injustificável, reforçando que a alta para 12,25% ao ano vai na contramão da retomada econômica. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considerou a decisão surpreendente, embora prevista por parte do mercado financeiro. Em nota, o Copom justificou o ajuste pela instabilidade externa e pelos impactos do pacote fiscal, anunciando a possibilidade de novas elevações em reuniões futuras.
Enquanto isso, esforços do governo estão voltados para a promoção de um desenvolvimento econômico sustentável. Alckmin liderará uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, composta por representantes da sociedade civil, com foco em sustentabilidade, transição energética e fortalecimento industrial. O encontro busca alinhar políticas públicas às demandas do mercado e aos objetivos ambientais de longo prazo.