Daniel Craig, o ator britânico conhecido por interpretar James Bond, afirmou em recente entrevista que não poderia atuar em um filme gay enquanto estava vinculado à franquia 007. Ele revelou que, se tivesse feito um filme como *Queer* durante sua passagem pelo papel, isso seria interpretado como algo reacionário, devido à natureza do personagem. Craig, que interpretou o agente secreto em cinco filmes, sendo o último *007: Sem Tempo Para Morrer* (2021), explicou que não queria levantar discussões que poderiam ser prejudiciais à sua imagem de Bond, além de não considerar o momento adequado para esse tipo de abordagem.
A produção *Queer*, que estreia no Brasil no dia 12 de dezembro, é baseada no livro homônimo de William S. Burroughs e se passa na Cidade do México dos anos 1950. No filme, Craig interpreta William Lee, um personagem homossexual que enfrenta não apenas o vício em drogas, mas também questões pessoais complexas. O elenco do filme também conta com outros nomes, como o cantor Omar Apollo e o ator brasileiro Henry Zaga. Craig destacou que, ao abordar cenas de sexo gay no filme, procurou torná-las o mais realistas e naturais possível, reforçando a autenticidade da história.
Além de sua reflexão sobre a franquia 007, Craig também compartilhou sua experiência com a construção da masculinidade em seus filmes como James Bond. Segundo ele, muitas vezes a representação de Bond como um símbolo de masculinidade era exagerada e difícil de interpretar de forma realista. Essa visão o fez questionar seu envolvimento com certos aspectos da franquia, especialmente considerando o impacto cultural do personagem. Apesar de sua visão crítica, Craig reconhece o legado de Bond e o papel icônico que desempenhou ao longo dos anos.