Dalton Trevisan, um dos maiores contistas da literatura brasileira, faleceu aos 99 anos em Curitiba, cidade onde nasceu e viveu a maior parte de sua vida. Conhecido pela sua vida discreta e avessa à exposição pública, Trevisan evitava aparecer em eventos e era famoso por sua produção literária enxuta e minimalista. A morte do escritor, que ocorreu em 9 de dezembro, foi seguida de um funeral discreto, com seu corpo cremado no dia seguinte. Embora a causa da morte não tenha sido divulgada, o escritor deixou um legado literário incomparável.
Trevisan publicou mais de 50 livros ao longo de sua carreira e foi premiado com reconhecimentos como o Machado de Assis, o Jabuti e o Camões, o maior prêmio da literatura em língua portuguesa. Sua obra, com foco em contos que exploram o cotidiano e as complexidades das relações humanas, conquistou admiradores e se consolidou como um exemplo de narrativa concisa e cheia de significados. O escritor também era conhecido pelo seu trabalho com temas como angústias e paixões, e por retratar as inquietações da sociedade de forma única.
Mesmo com sua fama, Dalton Trevisan sempre manteve uma postura distante, sendo pouco visto em público e preferindo a solidão ao reconhecimento social. Recentemente, ele havia lançado dois livros para o público infantil e seguia trabalhando na reedição de contos antigos. Sua morte deixa um vazio na literatura brasileira, e sua cidade natal, Curitiba, expressou pesar pela perda de um dos seus maiores representantes culturais. A Academia Brasileira de Letras também lamentou sua partida, destacando sua importância como narrador e cronista singular da ficção brasileira.