O Censo 2022, realizado pelo IBGE, revela que Campinas, no interior de São Paulo, enfrenta um significativo desafio em termos de acesso à internet. Aproximadamente 8% dos domicílios da cidade, o equivalente a 34.679 residências, ainda não possuem conexão à rede. Esse número representa cerca de 5% da população total, ou seja, mais de 67 mil pessoas. Os dados também mostram que outras cidades da região, como Espírito Santo do Pinhal e Lindoia, apresentam índices ainda mais altos de exclusão digital, com até 12% dos domicílios sem internet.
Além disso, o Censo aponta uma crescente porcentagem de moradores que vivem em imóveis alugados, especialmente na cidade de Louveira, que lidera o ranking estadual e ocupa a quarta posição nacional, com 44,9% da população em aluguel. Outras cidades da região, como Jaguariúna, Indaiatuba e Mogi Guaçu, também têm uma significativa parcela de moradores em condições de aluguel. Esse fenômeno é uma tendência nacional, com 21% dos brasileiros vivendo de aluguel, um aumento em relação aos anos 2000 e 2010.
A ampliação do aluguel como forma de moradia e a persistente exclusão digital evidenciam desafios socioeconômicos e estruturais em várias cidades do interior paulista. A falta de acesso à internet impacta diretamente na educação, trabalho e inclusão social, enquanto o aumento de moradores em aluguel reflete as dificuldades econômicas e o crescimento da mobilidade urbana. A combinação desses fatores destaca a necessidade de políticas públicas mais eficazes para enfrentar essas questões na região de Campinas.