As reestruturações financeiras nas companhias aéreas brasileiras podem abrir caminhos para maior lucratividade no setor, segundo avaliação da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata). Esses processos, como o Chapter 11, são vistos como oportunidades para fortalecer as empresas, apesar de seus desafios. No Brasil, apenas a Azul não passou por recuperação judicial, embora tenha realizado ajustes financeiros significativos recentemente, incluindo renegociação de dívidas.
O setor na América Latina enfrenta margens de lucro consideravelmente inferiores às globais, com uma projeção de 2,4% para 2024, em comparação com a média mundial de 3,6% e os 4,2% esperados na América do Norte. Essa disparidade reflete as dificuldades econômicas da região, agravadas por receitas predominantemente em moedas locais desvalorizadas frente ao dólar, enquanto os custos operacionais são dolarizados.
O alto grau de exposição ao dólar é apontado como um dos maiores riscos para as empresas aéreas latino-americanas, superando outras regiões do mundo. Essa dependência cria desafios estruturais para equilibrar custos e receitas, destacando a necessidade de estratégias robustas de reestruturação e gestão financeira para assegurar a sustentabilidade do setor no futuro.