Quatro pessoas morreram em Balneário Camboriú, Santa Catarina, após serem intoxicadas por monóxido de carbono dentro de um veículo. O caso envolve a customização de uma BMW, contratada por um dos ocupantes, que pagou R$ 25 mil para modificar o carro, incluindo a substituição do catalisador por uma peça que aumentava o barulho e a potência do motor. A alteração, no entanto, resultou em uma falha mecânica que liberou gases tóxicos, causando asfixia nas vítimas, que foram encontradas desacordadas em 1º de janeiro de 2024. As vítimas sofreram tonturas e náuseas antes de falecerem por parada cardiorrespiratória.
O motorista e os outros ocupantes, que estavam a caminho de uma rodoviária para encontrar um amigo, começaram a passar mal enquanto estavam dentro do veículo estacionado. Após alguns momentos, uma das vítimas ligou para o Corpo de Bombeiros, mas não chegou a seguir as orientações. O grupo permaneceu no carro com o motor ligado e o ar-condicionado funcionando, o que agravou a intoxicação por monóxido de carbono. Quando a jovem que aguardava o grupo chegou à rodoviária, já por volta das 3h da manhã, ela encontrou os ocupantes do carro sem sinais vitais. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas as tentativas de reanimação falharam.
A investigação resultou em acusações contra os responsáveis pela modificação do veículo, que eram sócios de uma oficina. A denúncia inclui as acusações de homicídios culposos, uma vez que o serviço de customização foi realizado de forma negligente, sem garantir a segurança dos ocupantes. A peça trocada, que não possuía o catalisador, permitiu que gases tóxicos entrassem no interior do veículo, provocando as mortes. O caso gerou repercussão devido à combinação de falhas mecânicas e decisões imprudentes envolvendo alterações em veículos.