Patrícia Borges, moradora de Jundiaí (SP), encontrou no crochê não apenas uma fonte de renda, mas também uma maneira de se aproximar dos filhos durante um período difícil de sua vida. Após ser dispensada de seu emprego formal próximo ao início da pandemia, ela começou a aprender a arte do crochê do zero. Apesar das dificuldades iniciais, como a falta de experiência com a técnica, Patrícia persistiu, e em pouco tempo passou a criar peças que, além de funcionais, carregam uma carga emocional única.
A artesã se especializou na técnica japonesa de amigurumi, que permite criar pequenos personagens tridimensionais, desde figuras famosas, como Frida Kahlo e Nossa Senhora, até animais e pessoas reais. Ela descreve o processo de criação como uma forma de imersão emocional, onde cada peça reflete seus sentimentos e desejos de conectar as pessoas por meio do trabalho manual. Para ela, o amigurumi vai além da arte; é uma forma de expressar carinho e afeto, especialmente quando se trata de peças personalizadas para clientes.
Desde que se dedicou integralmente à arte, Patrícia se tornou microempreendedora individual e encontrou um novo propósito profissional. A ideia de criar bonecos baseados em pessoas reais surgiu de uma experiência pessoal, quando ela fez um amigurumi em homenagem ao filho caçula, que estava começando uma nova fase escolar. O sucesso da peça entre as crianças a motivou a seguir nessa trajetória. Hoje, ela acredita que cada criação tem o poder de inspirar e emocionar, mostrando aos outros o valor da personalização e do cuidado em cada detalhe.