Em Gaza, os cristãos deslocados vivenciaram uma véspera de Natal marcada pela dor e insegurança, buscando abrigo no complexo latino da Igreja da Sagrada Família, único templo católico da região. O espaço, que tem servido de refúgio temporário para dezenas de pessoas, foi transformado em um lar improvisado, com o pátio repleto de pertences e tendas montadas para acomodar os refugiados. Entre os presentes, muitos, como Najlaa e Maher Tarzy, enfrentam o segundo Natal consecutivo longe de suas casas, em meio aos efeitos devastadores da guerra.
A comunidade cristã em Gaza, muito reduzida, vive em meio a um cenário de total destruição, com mais de 45.000 vítimas fatais desde o início do conflito, em outubro de 2023. O ataque inicial do Hamas a Israel e a subsequente resposta militar de Israel resultaram em graves perdas humanas e materiais, afetando principalmente a população palestina. No entanto, a pequena comunidade cristã, estimada em cerca de mil pessoas, continua a enfrentar as consequências do confronto, em um contexto de deslocamento e luto.
A Igreja da Sagrada Família, ao abrigar cristãos que perderam seus lares, se tornou um símbolo da resistência e da fé em tempos de crise. As pessoas ali reunidas compartilham uma experiência de sofrimento, mas também de solidariedade, tentando encontrar consolo e manter viva a tradição do Natal, apesar das circunstâncias adversas. A guerra tem causado um impacto profundo em Gaza, não só pela magnitude da violência, mas também pela destruição das comunidades que, como a cristã, lutam para sobreviver e manter suas tradições vivas em meio ao caos.