A crise política na França atingiu um novo nível com a demissão do primeiro-ministro Michel Barnier, após ser destituído pela Assembleia Nacional. Embora Barnier continue no cargo de forma interina, o presidente Emmanuel Macron anunciou que escolherá um novo primeiro-ministro nos próximos dias. O impasse político se agrava, com o país enfrentando um cenário em que nenhum dos principais grupos políticos tem maioria na Assembleia e nenhum parece disposto a colaborar com os demais, o que prejudica a governabilidade.
Em um cenário de instabilidade, a crise financeira se agrava com a necessidade de aprovação de um novo orçamento até o próximo dia 20 de dezembro. O orçamento elaborado por Barnier, que desagradou tanto a aliados quanto a adversários, foi descartado, e novas propostas precisam ser feitas para evitar que o governo recorra a medidas temporárias. Essa situação gerou um questionamento sobre a capacidade do governo de superar esse impasse, com muitos se perguntando quem, além de Barnier, conseguiria aprovar um orçamento em meio a tal divisão política.
Apesar das dificuldades enfrentadas pelo governo, Macron reafirmou que seu mandato segue até 2027, sem ser afetado pela queda do primeiro-ministro. A crise política que assola o país também levantou questionamentos sobre as perspectivas para o futuro da França e da Europa, com alianças improváveis se formando entre a esquerda e a extrema-direita, enquanto as perspectivas de uma nova eleição parlamentar permanecem distantes.