A Coreia do Sul enfrenta uma grave crise política com o governo do presidente Yoon Suk Yeol, que viu sua popularidade cair drasticamente e se viu envolvido em escândalos, incluindo acusações de corrupção. O Partido Democrático, principal oposição, exige a renúncia de Yoon, criticando sua gestão e sugerindo que ele não tem mais condições de governar o país. A pressão sobre o presidente aumentou após o anúncio de um decreto de lei marcial, na tentativa de controlar o que ele chamou de forças antiestatais, ligadas à oposição. No entanto, o Parlamento rejeitou o decreto, levando Yoon a recuar em poucas horas.
A lei marcial, que impõe restrições severas aos direitos civis, foi uma medida drástica adotada pelo presidente para lidar com a oposição, mas foi imediatamente contestada pelos parlamentares e pela população. Em resposta ao recuo do governo, manifestantes celebraram, demonstrando a rejeição ao decreto e à condução política de Yoon. O evento marcou a maior crise política enfrentada pela Coreia do Sul em décadas, com o país se distanciando de uma situação potencialmente caótica, mas colocando ainda mais em dúvida a capacidade do presidente de governar.
Yoon, que assumiu o cargo em 2022, enfrentava um ambiente político turbulento desde o início de seu mandato, com desafios como a alta do custo de vida, o aumento da desigualdade e a baixa popularidade. Além disso, sua administração foi marcada por um forte embate com a oposição, que, nas últimas eleições parlamentares, obteve um controle significativo na Assembleia Nacional. A recente aprovação de medidas de revisão orçamentária pela oposição, que cortaram bilhões de dólares, gerou mais tensões entre o governo e os parlamentares, aprofundando a crise política que agora coloca em risco a continuidade do governo.