O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, enfrenta uma grave crise política após a imposição de um decreto de lei marcial que restringia direitos civis. A medida, anunciada em 3 de dezembro de 2024, gerou protestos generalizados, com milhares de sul-coreanos exigindo sua renúncia e a revogação da lei. Além disso, a oposição no Parlamento apresentou uma moção de impeachment, a qual será votada em 7 de dezembro. O decreto foi rapidamente derrubado pelos parlamentares, mas a situação política se deteriorou com investigações em curso sobre a possível violação de direitos civis e acusações de traição contra o presidente e outros membros do governo.
A imposição da lei marcial, que restringe liberdades fundamentais, foi justificada por Yoon como uma medida para proteger a Coreia do Sul das ameaças externas, em especial das forças pró-Coreia do Norte. No entanto, essa justificativa não foi bem recebida pela população nem pela oposição, que considerou a ação como uma tentativa de enfraquecer a democracia e concentrar poder. Em resposta, o governo enfrentou críticas internas, com renúncias de altos funcionários, como o ex-ministro da Defesa. A situação escalou com manifestações contra o governo, que culminaram em uma marcha até o palácio presidencial, apesar da repressão policial.
O Partido Democrático, principal oposição, lidera o movimento pela destituição do presidente, com apoio de outros grupos políticos e ativistas. O processo de impeachment requer uma votação de dois terços do Parlamento, o que reflete o crescente descontentamento com a gestão de Yoon. Se aprovado, o presidente será suspenso de suas funções enquanto a Corte Constitucional analisa o caso, podendo resultar em novas eleições. Esse cenário ocorre em um momento de baixa popularidade do governo, exacerbado por acusações de corrupção e a difícil situação econômica do país.