O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, revogou um decreto de lei marcial que restringia direitos civis, após protestos em massa e forte resistência interna, incluindo a renúncia de aliados políticos. A medida, tomada no contexto de tensões com a Coreia do Norte, gerou ampla reação negativa, tanto de parlamentares quanto da população. O decreto havia sido anunciado como uma forma de combater forças que, segundo Yoon, tentavam desestabilizar a ordem constitucional do país. A revogação foi seguida por um pedido de impeachment, assinado por seis partidos de oposição, que exige o apoio de dois terços do parlamento e aprovação judicial para avançar.
A situação política na Coreia do Sul se deteriorou rapidamente após o decreto, que foi amplamente rejeitado pela Assembleia Nacional. Milhares de manifestantes foram às ruas, e os opositores criticaram o presidente por agir de forma autoritária. O Partido Democrático, principal partido da oposição, aproveitou a oportunidade para avançar com um processo de impeachment, que promete ser um novo capítulo na instabilidade política do país. A crise também gerou divisões no governo, com vários membros renunciando aos seus cargos em meio ao aumento da pressão pública.
Além das tensões políticas internas, a situação ocorre em um momento de crescentes hostilidades com a Coreia do Norte, que, após uma série de provocações e testes militares, declarou a Coreia do Sul como um estado inimigo. O cenário geopolítico complexo, somado à insatisfação com a gestão de Yoon, contribui para a instabilidade, com o governo enfrentando críticas pela sua postura em relação ao custo de vida e alegações de corrupção. O governo sul-coreano, com a revogação do decreto, agora se vê diante de uma crescente crise política e diplomática.