O governo de São Paulo enfrenta uma crise crescente na área de segurança pública, que coloca em xeque a permanência do secretário da pasta. O governador Tarcísio de Freitas e o secretário têm sido pressionados por uma série de incidentes de violência policial, o que levou a críticas sobre a gestão do controle da Polícia Militar (PM). A recente introdução de um novo sistema de câmeras corporais, que permite ao policial desligá-las durante o turno, gerou controvérsias, especialmente após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o modelo anterior, sem a possibilidade de desligamento.
Durante uma reunião com o comando da PM, o governador questionou a eficácia do novo sistema, destacando a necessidade de redução de custos e aumento da cobertura, já que o sistema atual tem mostrado baixa utilidade em muitas das gravações. Além disso, o alto custo do sistema de câmeras tem dificultado sua expansão para toda a corporação. A questão dos recursos financeiros necessários para a implementação do novo sistema gerou um debate sobre como o Estado deveria lidar com a implementação dessas tecnologias sem comprometer outros serviços essenciais.
Enquanto isso, a pressão política sobre o secretário aumentou, com manifestações públicas criticando a gestão da segurança e acusações envolvendo o uso de recursos da PM para fins pessoais. A Assembleia Legislativa de São Paulo também tem se posicionado, cobrando explicações sobre casos que envolvem aeronaves e propriedades da PM. Em resposta, o secretário afirmou que todas as suas ações estavam dentro dos parâmetros legais, mas o caso segue gerando questionamentos sobre a transparência e eficiência da gestão pública no Estado.