Durante o primeiro ano de governo de Javier Milei, a Argentina experimentou um aumento significativo no uso de criptomoedas, com destaque para as stablecoins, especialmente o Tether (USDT), que se tornaram uma alternativa popular para proteger a população da alta inflação e da desvalorização do peso. Entre junho de 2023 e junho de 2024, o país ultrapassou o Brasil em movimentações de criptomoedas, com transações somando US$ 91,1 bilhões. As stablecoins representaram 61,8% desse volume, superando a média global e o Brasil, o que reflete uma adaptação do mercado local à instabilidade econômica.
Além disso, a postura de Milei em relação ao setor cripto, que inclui a aceitação de criptomoedas como meio de pagamento e a defesa de menor intervenção estatal, teve um impacto positivo no ambiente de negócios. O governo argentino adotou medidas que permitiram a formalização de contratos com Bitcoin e defendeu a liberdade financeira, estimulando um clima mais favorável para a adoção de criptoativos. Essa abordagem, aliada à diminuição da inflação, resultou em uma maior confiança por parte da população na utilização de moedas digitais como reserva de valor.
O crescimento do mercado de criptomoedas na Argentina também reflete um contexto global mais amplo de adoção crescente, impulsionado por inovações como os ETFs de Bitcoin e o otimismo com a vitória de políticos que apoiam a indústria. Para 2025, especialistas preveem que a indústria cripto continue a expandir, com maior adoção institucional e avanços tecnológicos, ainda que os ativos digitais permaneçam como investimentos de alto risco devido à sua volatilidade.