O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em comparação ao segundo trimestre, alcançando um nível recorde desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1996. Esse desempenho positivo foi impulsionado pelo forte crescimento no consumo das famílias, que também atingiu o maior patamar da série, além de um crescimento robusto nas despesas do governo.
Por outro lado, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador dos investimentos no PIB, ainda encontra-se 10,8% abaixo do pico registrado em 2013. Esse cenário reflete um possível desaquecimento nos investimentos, um fator que pode afetar o potencial de crescimento a longo prazo da economia brasileira.
No que diz respeito à composição setorial, o PIB de serviços também alcançou um recorde histórico, impulsionado por diversas atividades dentro desse setor. No entanto, o setor industrial apresentou um desempenho mais fraco, com o PIB da indústria ficando 4,7% abaixo do pico de 2013, sendo particularmente afetado pela indústria de transformação, que ainda opera 14,7% abaixo do nível alcançado em 2008. Isso sugere uma recuperação desigual entre os setores da economia.