O crédito ampliado no Brasil registrou alta de 1,9% em novembro em relação a outubro, impulsionado principalmente pela captação de recursos no mercado internacional e pela depreciação cambial. A valorização do dólar, que resultou em uma depreciação do real de 4,8% no mês, foi um dos principais fatores para o crescimento de 4,9% no saldo de dívida externa, representando quase todo o aumento no período. Em termos reais, o montante captado em dólares manteve-se estável, mas o efeito cambial elevou significativamente o valor em reais.
A análise de longo prazo também confirma o impacto do câmbio no crédito ampliado. Em 12 meses, o saldo da dívida externa subiu 24,1%, com uma depreciação acumulada de 22,7% no período, sendo um dos principais vetores do crescimento de 14,9% no crédito ampliado como um todo. Além disso, o saldo de títulos de dívida aumentou 1,2% no mês e 15,3% no acumulado de 12 meses, enquanto os empréstimos totais tiveram crescimento de 10,4% no mesmo intervalo.
Esses números destacam o peso da dívida externa e dos efeitos cambiais na expansão do crédito ampliado no Brasil. O impacto da alta do dólar sobre os valores em reais reforça a importância da estabilidade cambial para o comportamento do mercado de crédito, além de evidenciar a sensibilidade do indicador às condições internacionais e às variações monetárias.