Na tarde de quinta-feira (12), uma cratera se abriu no canteiro de obras da futura estação Bela Vista, da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, localizada no centro da cidade. O acidente gerou especulações sobre suas causas, que ainda não foram confirmadas. A Defesa Civil apontou o solapamento do solo, possivelmente causado pela escavação do túnel, enquanto a Sabesp indicou danos nas redes de água e esgoto da região. Durante o incidente, não houve vítimas, mas o fornecimento de água para os moradores foi interrompido até a madrugada de sexta-feira (13). Além disso, o muro de um imóvel desativado desabou parcialmente, mas foi escorado para evitar novos danos.
A obra da Linha 6-Laranja está sendo conduzida por uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo de São Paulo e a empresa responsável, com um contrato de R$ 15 bilhões. A concessionária que coordena a obra garantiu que o cronograma não foi afetado e que o incidente foi restrito à área do canteiro de obras. No entanto, o Ministério Público iniciou uma investigação para apurar as causas do acidente, identificar responsabilidades e verificar possíveis falhas na fiscalização do projeto. A Comissão de Monitoramento de Concessões (CMCP) também acompanha o caso e avalia medidas cabíveis.
O incidente gerou preocupação sobre a segurança das obras da Linha 6-Laranja, que já registraram outros acidentes em 2022 e 2023, como o colapso de trechos de asfalto e cráteres em áreas residenciais. A falta de consenso sobre as causas do desabamento, juntamente com os danos à infraestrutura urbana, aumentou a pressão sobre as autoridades para uma fiscalização mais rigorosa. O Ministério Público requisitou documentos relacionados ao contrato da PPP e à fiscalização das obras, além de buscar garantir que a situação seja resolvida adequadamente.