A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou os serviços da BRK Ambiental em Palmas concluiu que a concessionária apresenta diversas irregularidades na prestação de serviços de água e esgoto. O relatório da CPI, que foi finalizado em 12 de dezembro, identificou tarifas abusivas e uma qualidade de serviço abaixo das expectativas da população. A investigação, que durou quase dois anos, também revelou a omissão do poder público em fiscalizar adequadamente as ações da empresa.
Dentre as medidas sugeridas pela CPI, destacam-se a realização de uma auditoria completa na BRK e a rescisão da concessão. Os vereadores sugerem ainda a modernização do sistema de tratamento de água e esgoto utilizado na cidade, que é considerado arcaico e inadequado para a demanda crescente da capital. A qualidade da água tem gerado queixas, com moradores relatando mau cheiro em outubro, e a situação da rede de esgoto também é preocupante, como evidenciado pelo vazamento ocorrido no setor Santa Fé, que resultou em multa de R$ 36 milhões.
Apesar das críticas e denúncias, a BRK Ambiental afirmou estar acompanhando os trabalhos da CPI e se colocou à disposição para esclarecimentos. A Prefeitura de Palmas, até o momento da publicação, não se pronunciou sobre os achados da investigação. A população segue preocupada com os impactos na saúde pública e o custo elevado dos serviços prestados pela empresa.