A Corte Constitucional da Coreia do Sul iniciou nesta segunda-feira (16) a análise do impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, em decorrência de sua proclamação de Lei Marcial em 3 de dezembro. O processo tem como objetivo determinar se o presidente será removido do cargo ou reintegrado, com a primeira audiência pública agendada para o dia 27 de dezembro. Essa decisão ocorre após o Parlamento ter aprovado a medida de impeachment na última semana.
Além do impeachment, o presidente e outros altos funcionários do governo estão sendo investigados por possíveis acusações de insurreição relacionadas à Lei Marcial. A polícia, o Ministério da Defesa e uma agência anticorrupção planejam interrogar Yoon esta semana, mas o serviço de segurança presidencial se recusou a cooperar com as convocações, gerando mais tensão no cenário político. Yoon, que anteriormente atuava como promotor, formou uma equipe de advogados para acompanhar tanto o processo de impeachment quanto as investigações criminais.
Em meio a essa crise política, o governo interino tenta minimizar os impactos sobre os mercados e aliados internacionais, especialmente os Estados Unidos, o principal parceiro estratégico da Coreia do Sul. A situação tem gerado preocupação entre parlamentares e investidores, dado o contexto de incertezas políticas e o risco de instabilidade no país. O tribunal tem até seis meses para emitir uma decisão definitiva sobre o impeachment, o que poderá influenciar significativamente o rumo da política sul-coreana.