Uma empresária vietnamita, condenada à morte por desviar bilhões de dólares de um dos maiores bancos do país, está agora em uma corrida contra o tempo para salvar sua vida. Truong My Lan, que controlava o Saigon Commercial Bank (SCB), foi acusada de criar uma rede de empresas fraudulentas que resultou no desvio de aproximadamente US$ 27 bilhões, com parte dos valores sendo considerados como apropriação indébita. Sua condenação foi um dos casos mais chocantes do Vietnã, já que mulheres raramente enfrentam penas de morte por crimes financeiros. No entanto, existe uma possibilidade de comutação de sua sentença: se devolver 75% do montante desviado, ela poderá ter sua pena substituída por prisão perpétua.
Truong My Lan está tentando reunir os US$ 9 bilhões necessários para evitar a execução, uma tarefa complexa devido à natureza de seus ativos, que incluem propriedades de luxo e ações em várias empresas. Muitos desses bens foram congelados pelas autoridades, e sua venda é dificultada pelo fato de muitos estarem ligados ao setor imobiliário, o que torna a liquidação um processo demorado. Embora seus advogados argumentem que a pena de morte dificulta a negociação de melhores preços para esses ativos, a decisão do tribunal foi de manter a sentença, o que coloca Truong My Lan em uma luta urgente para arrecadar a quantia exigida.
O Vietnã, conhecido por sua aplicação rigorosa da pena de morte, mantém em segredo o número de prisioneiros no corredor da morte. Embora normalmente haja um longo intervalo entre a condenação e a execução, as autoridades alertam os condenados com pouca antecedência. Se a empresária conseguir reunir os recursos dentro do prazo, ela poderá ter sua vida poupada. No entanto, a situação continua tensa e sem garantias, com o tempo sendo o maior inimigo de Truong My Lan.