O Corpo de Bombeiros do Acre divulgou nesta sexta-feira (13) os resultados da operação Protetor de Biomas Fogo Controlado, que mobilizou 486 militares em duas fases de ação, realizadas em maio e junho de 2024. Durante a operação, mais de 8.500 focos de calor foram combatidos no estado, com investimentos de R$ 12 milhões, divididos igualmente entre o Ministério da Justiça e o Governo do Acre. A operação contou com o apoio de diversas forças de segurança, incluindo o Batalhão Ambiental da Polícia Militar, e teve como foco a prevenção e combate aos incêndios florestais, além de resgatar animais afetados pelas queimadas.
A operação enfrentou desafios consideráveis devido às mudanças climáticas, com o ano de 2024 sendo apontado como o mais quente já registrado. O número de focos de calor no estado aumentou 32% em comparação ao ano passado, refletindo a intensificação das queimadas, que tiveram seu pico em junho, período crítico da estiagem. A falta de chuvas, que começou em maio, também contribuiu para o agravamento da situação, ao lado de práticas de queima ainda presentes em algumas comunidades. Apesar das dificuldades, a operação foi considerada um sucesso pela coordenação, que destacou a importância da conscientização e do engajamento da população.
Além dos números de focos de incêndio, a operação também resultou no resgate de 477 animais e na identificação de 53 casos de animais feridos ou mortos. A seca extrema, que afetou o Rio Acre e a agricultura local, foi um fator adicional para a complexidade das operações de combate às queimadas. Historicamente, as queimadas diminuem a partir de outubro, mas em 2024 os números permaneceram altos até novembro, exigindo ações contínuas para proteger o meio ambiente e mitigar os impactos das queimadas no estado.