O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa Selic em 1 ponto percentual, elevando-a para 12,25% ao ano. A decisão foi influenciada pela alta do dólar e pelo anúncio de um pacote fiscal, que afetaram negativamente as expectativas econômicas, especialmente no que diz respeito à inflação e ao risco fiscal. Essa mudança representa o maior aperto monetário desde fevereiro de 2022, quando a taxa subiu 1,5 ponto percentual. O Copom também reforçou a necessidade de políticas fiscal e monetária mais alinhadas para garantir a convergência da inflação à meta.
Em sua comunicação, o Copom alertou sobre a deterioração do cenário inflacionário de curto e médio prazo, mencionando que os riscos para a economia brasileira se tornaram mais evidentes. A desancoragem das expectativas de inflação foi destacada como uma preocupação central, com o Comitê reafirmando que medidas para combater essa tendência são essenciais. O colegiado também anunciou um guidance de que a Selic pode ser elevada em mais 1 ponto nas próximas reuniões, previstas para janeiro e março de 2025.
Com essa previsão, a taxa de juros pode alcançar 14,25% ao final do primeiro trimestre de 2025, embora o Copom ainda não tenha indicado quando será o ponto final do ciclo de aumento. O Comitê afirmou que o aperto monetário continuará sendo ditado pela necessidade de controle da inflação, dependendo da evolução do cenário econômico. A decisão reflete o compromisso do Banco Central com a estabilidade da economia, mesmo diante de um cenário de alta volatilidade.