Na última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa Selic de 11,25% para 12,25% ao ano, um aumento de 1 ponto percentual. Esta é a maior alta desde fevereiro de 2022 e reflete a necessidade de combater a inflação, que está fora da meta estabelecida. O Copom também indicou que novas elevações da taxa estão previstas para as próximas reuniões, em janeiro e março de 2025, caso o cenário inflacionário não melhore.
A decisão foi influenciada por diversos fatores, incluindo a manutenção de uma economia aquecida e o crescimento do mercado de trabalho, que aumentam os riscos inflacionários. Além disso, o cenário externo, particularmente as incertezas sobre a política monetária dos Estados Unidos, também impactou a decisão. O Copom ressaltou que, para alcançar a meta da inflação, será necessário um aperto monetário contínuo, com ajustes de mesmo porte nas reuniões futuras.
A alta da Selic ocorre em meio à valorização do dólar, que, em 2024, já acumula uma alta de mais de 20%, o que pressiona ainda mais a inflação interna. A instabilidade econômica também reflete preocupações com o controle de gastos públicos e medidas econômicas propostas pelo governo, que impactam a confiança nos mercados. O Copom, ao aumentar os juros, busca conter esses efeitos e sinaliza que a luta contra a inflação será um dos principais focos para o ano de 2025.