O preconceito contra os idosos e a falta de convivência entre gerações são temas recorrentes em discussões sobre a necessidade de quebrar estereótipos sobre a velhice. Denise Webb, jovem ativista norte-americana de 20 anos, destaca a importância de uma interação mais inclusiva entre os jovens e os maduros, onde ambos podem aprender e ensinar, sem a imposição de hierarquias tradicionais. Ela argumenta que é fundamental que as gerações mais velhas deixem de se enxergar como autoridades, assumindo o papel de colegas nos espaços de convivência intergeracional.
Além disso, a desconexão entre as gerações, exacerbada por políticas de isolamento e urbanização, como a criação de condomínios para aposentados, foi abordada por especialistas no debate “O que é o futuro intergeracional?”, organizado pelo Longevity Project. A falta de convivência entre os mais jovens e os maduros prejudica o desenvolvimento social e corporativo, já que estudos apontam que as empresas se tornam mais competitivas quando promovem esse tipo de interação. A visão estereotipada de que os jovens não têm experiência e de que os mais velhos são resistentes à mudança precisa ser superada, dando espaço para uma colaboração mais fluida entre as faixas etárias.
Em iniciativas que visam superar esse distanciamento, plataformas como Eldera têm mostrado o impacto positivo da convivência virtual entre jovens e idosos. A plataforma promove encontros semanais entre crianças, jovens e pessoas acima de 60 anos, proporcionando uma troca de experiências que beneficia ambas as partes. Segundo Dana Griffin, CEO do Eldera, essa convivência ajuda a combater o isolamento dos idosos e proporciona aos jovens valiosas lições de vida, reforçando o valor da equidade intergeracional e a necessidade de se criar conexões significativas entre diferentes idades.