Petrolina, no Sertão de Pernambuco, destacou-se em 2024 pelo controle efetivo de doenças como dengue, Zika e Chikungunya, graças a um conjunto de ações preventivas coordenadas pela Vigilância Epidemiológica. Ao longo do ano, os Agentes de Combate às Endemias promoveram iniciativas voltadas para a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti e a conscientização da população. Dentre as principais ações, destacaram-se mutirões de limpeza, coleta de pneus em terrenos baldios e borracharias, e visitas educativas a escolas e Unidades Básicas de Saúde.
Dados do Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa) confirmaram o sucesso das medidas implementadas, com os índices de infestação se mantendo abaixo de 2,1% ao longo do ano, nível considerado baixo para o risco de surtos. A cidade também avançou na implementação do Método Wolbachia, sendo pioneira na região Nordeste ao adotar a técnica que reduz a capacidade reprodutiva do Aedes aegypti por meio da introdução de mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia. Essa estratégia inovadora foi apoiada pela instalação de uma biofábrica na cidade.
Os resultados dessas ações foram expressivos: apenas 92 casos de dengue e oito de Chikungunya foram registrados em Petrolina, enquanto nenhum caso de Zika foi identificado. Esses números contrastam com os surtos observados em outras cidades do país, destacando Petrolina como um exemplo de controle eficaz das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, por meio de esforços preventivos, educativos e científicos.