Em novembro de 2024, as contas públicas brasileiras registraram um déficit primário de R$ 6,6 bilhões, uma redução de aproximadamente 80% em comparação ao mesmo período de 2023, quando o déficit foi de R$ 37,3 bilhões. Este é o menor déficit para o mês de novembro desde 2021, quando as contas registraram superávit. No acumulado de 2024, o déficit fiscal totaliza R$ 63,2 bilhões, o que equivale a 0,59% do PIB. A melhora no resultado fiscal foi influenciada por fatores como o controle de despesas e o crescimento das receitas.
O déficit foi distribuído entre os diferentes níveis de governo e empresas estatais. O Governo Central e as empresas estatais apresentaram déficits de R$ 5,7 bilhões e R$ 1,3 bilhão, respectivamente, enquanto os governos regionais apresentaram um pequeno superávit de R$ 405 milhões. A dívida bruta do governo geral, que inclui os passivos de União, estados e municípios, alcançou 77,7% do PIB em novembro, o que equivale a R$ 9,1 trilhões, marcando uma leve redução de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior.
O aumento nas despesas com juros também foi um fator relevante para as finanças públicas. Em novembro, os gastos com juros nominais subiram para R$ 92,5 bilhões, um aumento considerável em relação aos R$ 43 bilhões do mesmo mês em 2023. Esse aumento foi impactado principalmente pelos resultados negativos das operações de swap cambial, que tiveram um efeito expressivo nas finanças. Nos últimos 12 meses, os juros nominais atingiram R$ 918,2 bilhões, representando 7,85% do PIB, refletindo a alta dos juros básicos da economia, que está entre os mais elevados do mundo.