Em uma reunião recente do Conselho do Salário na Argentina, não houve consenso sobre o valor do Salário Mínimo, Vital e Móvel (SMVyM), o que deixou o governo responsável por decidir o montante para os próximos meses. O Conselho, que reúne representantes de empresários, trabalhadores e do governo, busca discutir questões relacionadas ao salário mínimo e à qualidade de vida dos trabalhadores. No entanto, as propostas apresentadas pelas partes divergiram significativamente. Os sindicatos pediram um aumento considerável, com o objetivo de cobrir a cesta básica alimentar, enquanto o setor empresarial sugeriu um aumento menor e parcelado.
Atualmente, o salário mínimo argentino está fixado em cerca de 271.571 pesos, o que equivale a aproximadamente US$ 231,12. Os sindicatos, no entanto, propõem um valor de 572.000 pesos (cerca de US$ 486,80) para dezembro, como uma medida de compensação pelo aumento dos custos de vida. Em contraste, os empresários sugeriram um aumento de 8,8% de forma gradual, com valores que começariam em 278.361 pesos em dezembro e aumentariam ao longo dos próximos meses. Apesar das negociações, não houve acordo entre as partes.
O governo agora tem um prazo de dez dias para definir o novo valor do SMVyM, após a recusa dos sindicatos em aceitar a proposta dos empresários. As centrais sindicais também destacaram que o valor atual do salário mínimo perdeu 30% de seu poder aquisitivo desde a chegada de Javier Milei à presidência. O SMVyM, que visa garantir uma renda mínima para os trabalhadores cobrirem suas necessidades básicas, também influencia outras políticas públicas, como o cálculo de pensões alimentícias e benefícios de desemprego.