O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou no sábado (21) uma lei aprovada pelo Congresso que garante o financiamento do governo até 14 de março de 2024, evitando a paralisação dos serviços públicos. A medida foi necessária após o prazo para evitar o shutdown, que terminava no dia 20 de setembro. A nova legislação destina US$ 100 bilhões para ajudar estados afetados por desastres naturais e US$ 10 bilhões para apoiar os agricultores, mas não inclui a proposta de aumento do teto da dívida, que era defendida por setores republicanos antes da posse de Biden.
A lei foi aprovada nas duas casas do Congresso na última semana. O Senado deu seu aval na madrugada de sábado, com 85 votos favoráveis e 11 contrários, enquanto a Câmara dos Representantes havia aprovado o texto no dia anterior, com 366 votos a favor e 34 contra. O presidente da Câmara, Mike Johnson, indicou que, após a vitória republicana nas eleições de 2024, o partido terá mais poder para influenciar os gastos do governo. A medida aprovada foi vista como um passo necessário para avançar nas negociações sobre o orçamento federal, mas a falta de acordo sobre o teto da dívida permanece uma questão central.
O risco de um shutdown, que poderia paralisar serviços públicos essenciais, como a aplicação da lei e a operação de parques nacionais, foi motivo de preocupação, especialmente para setores como o turismo. Estimativas indicam que a paralisação poderia causar prejuízos de até US$ 1 bilhão por semana para a indústria de viagens, afetando companhias aéreas, hotéis e empresas relacionadas. Com o orçamento de 2023 atingindo cerca de US$ 6,2 trilhões e uma dívida superior a US$ 36 trilhões, o Congresso terá que lidar novamente com o teto da dívida em 2025, uma questão que tem gerado tensões no mercado financeiro global.