A guerra civil na Síria, que já dura mais de uma década, voltou a se intensificar após uma ofensiva surpresa de grupos rebeldes na região de Aleppo, a segunda maior cidade do país. Este avanço ocorre em um contexto de enfraquecimento dos principais aliados do governo de Bashar al-Assad, como Rússia, Irã e Hezbollah, que estão mais focados em outras crises regionais. Essa mudança estratégica abriu um espaço para os rebeldes tentarem retomar posições, principalmente em áreas de grande importância estratégica, como Aleppo.
Nos últimos dias, o governo sírio, com apoio aéreo da Rússia, intensificou os ataques aéreos em áreas controladas pelos rebeldes, como a província de Idlib. As forças de Assad buscam conter o avanço rebelde, mas o enfraquecimento de seus aliados e a complexidade das alianças no Oriente Médio dificultam sua capacidade de manter o controle sobre o país. Analistas destacam que a renovada escalada do conflito pode ter repercussões não apenas para a Síria, mas para toda a região, já tão afetada por tensões geopolíticas.
A situação atual também reforça os apelos internacionais para que a Síria inicie um processo político de paz, com a mediação de países influentes como Rússia e Irã. O Departamento de Estado dos EUA e o Conselho de Segurança da ONU vêm destacando a urgência de negociações para um cessar-fogo duradouro e para evitar um agravamento ainda maior da instabilidade no Oriente Médio.