Na sexta-feira, 6 de dezembro, os rebeldes cercaram Homs, a terceira maior cidade da Síria, uma área estratégica para o controle da rodovia que conecta o norte ao sul do país. O objetivo da ofensiva, segundo o líder rebelde Abu Mohamed al-Jawlani, é derrubar o regime do presidente Bashar Assad. Na véspera, o grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) tomou o controle de Hama e avançou para o sul, conquistando cidades importantes ao redor de Homs. Apesar do rápido avanço dos insurgentes, as forças do governo sírio não ofereceram grande resistência, retirando-se de algumas áreas para evitar danos à população civil.
Especialistas afirmam que a batalha de Homs será crucial para determinar o futuro da Síria. Rami Abdurrahman, do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, afirmou que essa disputa pode decidir quem governará o país. A Rússia, principal aliada de Assad, tem demonstrado preocupação com a situação, pedindo que seus cidadãos deixem a Síria, enquanto os ataques aéreos russos e sírios continuam em algumas áreas, como em Talbiseh. No entanto, a guerra na Ucrânia e a instabilidade envolvendo o Irã e o Hezbollah têm limitado o apoio militar a Assad.
O apoio internacional à oposição também se intensifica. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, expressou apoio ao HTS, destacando a importância de continuar a ofensiva rebelde. A cidade de Homs, localizada próxima à fronteira com o Líbano, é fundamental tanto para o regime de Assad quanto para os interesses russos, que mantêm bases navais no Mediterrâneo. A situação continua a evoluir, com reuniões diplomáticas programadas entre os chanceleres de Turquia, Irã e Rússia para discutir o futuro do conflito.