Um ex-ministro da Defesa de Israel gerou polêmica ao descrever as ações militares no norte de Gaza como limpeza étnica. Ele destacou a destruição de cidades como Beit Lahya e Beit Hanoun e alegou que as operações das Forças de Defesa de Israel (IDF) estariam removendo deliberadamente a população árabe da região. As declarações foram feitas em entrevistas a veículos de comunicação israelenses, onde ele também alertou para uma mudança na identidade democrática do país, que estaria se aproximando de um modelo autoritário e messiânico.
O exército israelense rebateu as acusações, afirmando que suas ações estão alinhadas com o direito internacional e têm como objetivo proteger civis. As operações no norte de Gaza, que duram dois meses, foram justificadas como uma resposta à ameaça representada por militantes do Hamas. Civis foram orientados a se deslocarem para o sul de Gaza, descrito como uma zona humanitária, enquanto ajuda humanitária no norte permanece escassa. A ausência de um plano claro para o futuro político de Gaza após o conflito aumenta as incertezas.
As declarações do ex-ministro repercutiram dentro e fora de Israel, com o uso do termo “limpeza étnica” gerando forte impacto, especialmente em um contexto histórico sensível. Apesar das negativas oficiais, o debate reflete as divisões internas no país sobre a condução da guerra e os rumos democráticos do Estado. A fala foi usada propositalmente para provocar reflexão, segundo o ex-ministro, ressaltando a gravidade da situação atual.