O governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta crescentes críticas à sua comunicação, tanto interna quanto externamente. Em um seminário do PT, o presidente endossou as críticas sobre falhas na área, o que resultou em uma avaliação de que o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), poderá ser substituído no início de 2025. Além disso, Lula reconheceu a necessidade de adotar uma postura mais ativa, como conceder mais entrevistas e realizar pronunciamentos mais frequentes em rede nacional, algo que vem sendo visto como um ponto fraco de sua gestão até o momento.
Outro aspecto crítico identificado é a falta de avanço na licitação para contratar empresas de comunicação digital, um passo essencial para equilibrar a presença do governo nas redes sociais e enfrentar a oposição. A demora na conclusão da licitação, que envolve um investimento de quase R$ 200 milhões anuais, tem sido apontada como um dos obstáculos para melhorar a popularidade do governo e controlar o debate político nas plataformas digitais. Além disso, há uma percepção crescente de que o governo carece de uma coordenação mais eficaz no Planalto, o que dificulta a organização das estratégias políticas.
Como resultado, especula-se sobre possíveis mudanças na equipe de comunicação, com o publicitário Sidônio Palmeira sendo cotado para substituir Pimenta. Embora tenha recusado o cargo anteriormente, a crescente pressão pode levá-lo a aceitar o desafio. Outra alternativa seria o jornalista Laércio Portela, que tem sido bem avaliado por sua gestão interina na Secom. Além da comunicação, outros ministros também enfrentam críticas, e há expectativas de que o presidente faça ajustes no início de 2025, buscando fortalecer sua equipe e ampliar a participação de partidos de centro na administração.