O Comitê Olímpico Internacional (COI) expressou sua oposição ao pagamento de premiações em dinheiro para atletas medalhistas, prática adotada por algumas federações internacionais, como a World Athletics (Federação Internacional de Atletismo), que distribuiu bônus de 50 mil dólares aos campeões de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O COI argumentou que competir na Olimpíada já é um prêmio significativo por si só e que a introdução de recompensas financeiras poderia transformar o evento em algo elitista.
A crítica foi formalizada durante uma reunião da Comissão Executiva do COI, que destacou que a história dos Jogos Olímpicos nunca incluiu o pagamento de dinheiro aos medalhistas. O órgão também apontou que a premiação monetária proposta pelas federações poderia contrariar a missão principal do movimento olímpico, que busca a promoção do esporte e do espírito de fraternidade entre os povos, sem vínculos com questões financeiras.
Thomas Bach, presidente do COI, já havia manifestado anteriormente sua discordância quanto a essa prática, defendendo que a autonomia para oferecer prêmios aos atletas deveria ser exclusiva dos comitês olímpicos nacionais, e não das federações internacionais. Com isso, o COI reforça sua posição de que os Jogos Olímpicos devem manter seu caráter inclusivo e não se distanciar dos princípios fundamentais do movimento olímpico.