O Comitê de Direitos Humanos da ONU iniciou um processo contra o governo da Venezuela para investigar possíveis fraudes nas eleições presidenciais de julho, após denúncias de um grupo de advogados internacionais. A principal acusação é que milhões de cidadãos venezuelanos, especialmente aqueles no exterior, foram impedidos de votar, o que teria afetado significativamente o resultado da eleição. O Comitê solicitou à Venezuela que preservasse os registros eleitorais enquanto o caso é analisado, destacando a gravidade das alegações de violações dos direitos políticos.
Os advogados que apresentaram a denúncia, incluindo um venezuelano que reside nos EUA, afirmam que a exclusão de cidadãos do direito de voto, especialmente os que vivem fora do país, é uma violação grave. Eles também acusam o governo de manipulação dos resultados eleitorais, com base em alegações de que as apurações foram feitas de forma duvidosa e sem transparência. A situação é vista como uma potencial violação dos direitos humanos, com os advogados alertando para danos irreparáveis caso o governo não siga as recomendações da ONU.
A vitória de Nicolás Maduro nas eleições de julho é cercada de desconfiança internacional, especialmente após a acusação de que ele teria perdido o apoio da maioria dos eleitores no país. A oposição política, que contesta a validade do pleito, exige a divulgação das atas eleitorais para garantir transparência e credibilidade ao processo. A situação continua a gerar tensões tanto dentro da Venezuela quanto no cenário internacional, com o Brasil e outros países pressionando por maior clareza nas informações eleitorais.