A comissão externa da Câmara dos Deputados sobre Fiscalização dos Rompimentos de Barragens se reúne em 10 de dezembro para discutir o relatório sobre o desastre de Brumadinho (MG), elaborado pelo deputado Pedro Aihara. Em janeiro de 2019, o rompimento da barragem do Córrego do Feijão causou a morte de 272 pessoas e a contaminação da bacia do rio Paraopeba. Apesar da identificação de responsáveis no inquérito policial de setembro de 2019, a punição efetiva ainda não ocorreu, o que gerou um clima de frustração entre as vítimas e a sociedade em relação à busca por justiça.
No âmbito judicial, as indenizações têm sido tratadas principalmente através de um acordo firmado em 2021 entre as partes envolvidas, mas as reparações individuais e trabalhistas continuam sendo negociadas separadamente. Algumas vítimas, no entanto, não se sentiram plenamente contempladas pelo acordo e optaram por buscar reparação por meios próprios, movendo ações judiciais específicas. A empresa contratada para realizar a auditoria da barragem, que também está envolvida no caso, não participa das negociações sobre indenizações no Brasil.
Cinco anos após o rompimento, a situação é vista como um alerta sobre as deficiências na fiscalização e nas regulamentações que deveriam prevenir desastres semelhantes. As vítimas e suas famílias continuam aguardando uma resposta mais eficaz do sistema judicial e das autoridades responsáveis, enquanto o processo de reparação ainda encontra obstáculos significativos para a plena compensação dos danos causados.