A Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal promoveu uma audiência pública para discutir a situação da Estação Ecológica Águas Emendadas, localizada em Planaltina, no Distrito Federal. A unidade de conservação, gerida pelo Instituto Brasília Ambiental, é crucial para o abastecimento hídrico da região, abrigando nascentes que alimentam bacias hidrográficas importantes, como a do Tocantins/Araguaia e a do Prata. Durante a audiência, o principal tema abordado foi a possibilidade de ampliar a visitação pública à estação, que atualmente é restrita. Defensores da abertura ressaltaram a importância de envolver a população na conservação ambiental, enquanto críticos destacaram os riscos de impactos negativos, como a poluição e a urbanização ao redor da área.
Embora a visitação controlada já ocorra, alguns especialistas, como representantes do Ministério do Meio Ambiente, defendem a ampliação da presença pública como uma estratégia para a preservação e conscientização ambiental. Por outro lado, ativistas e especialistas apontam que antes de permitir o aumento da visitação, é necessário ordenar a ocupação do entorno e investir em educação ambiental, para garantir que o desenvolvimento da região não prejudique ainda mais os ecossistemas frágeis do Cerrado, como os da própria estação ecológica. O debate envolveu também questões como o desmatamento e os incêndios florestais, que ameaçam a integridade do local.
A senadora Leila Barros, presidente da Comissão, se comprometeu a criar uma subcomissão dedicada ao bioma Cerrado e a lutar por mais recursos para a preservação ambiental, tanto no orçamento federal quanto nas políticas públicas. A audiência também destacou a importância da ação integrada para o combate aos incêndios, com o Instituto Brasília Ambiental já tendo investido na contratação de brigadistas. A discussão sobre a Estação Ecológica Águas Emendadas reflete uma crescente preocupação com a conservação dos recursos hídricos e com o equilíbrio entre o uso público e a proteção dos ecossistemas naturais.