A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que as vendas do Natal de 2024 movimentem R$ 69,75 bilhões, um aumento real de 1,3% em comparação com o ano passado, após descontada a inflação. Contudo, o valor ainda fica abaixo dos R$ 73,74 bilhões registrados em 2019, antes da pandemia. O maior volume de vendas deve ser concentrado em supermercados e hipermercados, que representam 45% da movimentação, seguidos pelas lojas de vestuário, calçados e acessórios (28,8%) e por estabelecimentos de artigos pessoais e domésticos (11,7%).
Apesar do crescimento nas vendas, o cenário de consumo mais cauteloso é refletido em uma menor contratação de trabalhadores temporários. A estimativa da CNC é que 98,1 mil pessoas sejam contratadas para o período natalino, número inferior aos mais de 100 mil do ano passado. Esse cenário ocorre devido ao aumento no quadro de funcionários fixos ao longo do ano, o que reduz a dependência de trabalho temporário no varejo. Para 2025, espera-se que cerca de 8 mil temporários sejam efetivados.
A desvalorização cambial também deve impactar os preços dos produtos natalinos, com um aumento médio de 5,8%. Alguns itens, como livros, produtos para a pele e alimentos, devem ter alta de preços, enquanto itens como bicicletas, aparelhos telefônicos e brinquedos terão quedas nos valores. O comércio nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul deve representar mais da metade da movimentação, com destaque para o Paraná e a Bahia, que registram as maiores expectativas de crescimento nas vendas.