A fuga do presidente sírio, Bashar al-Assad, para Moscou, após o colapso de seu regime, marca um momento decisivo no equilíbrio de poder no Oriente Médio. A perda da Síria como um aliado estratégico enfraquece a posição da Rússia na região e destaca desafios enfrentados pelo governo de Vladimir Putin. Este desdobramento gera questionamentos sobre a capacidade do Kremlin de sustentar sua influência em meio a conflitos, enquanto líderes e ativistas internacionais veem a saída de Assad como um golpe para as ambições russas.
A queda do regime sírio ocorre em paralelo à guerra na Ucrânia, com implicações simbólicas e práticas para o conflito. Enquanto forças rebeldes assumem Damasco, analistas comparam o destino de Assad ao de outros líderes que enfrentaram exílio. A situação na Síria pode complicar ainda mais as negociações entre Rússia e Ucrânia, especialmente em um momento de fragilidade percebida no Kremlin. Este cenário sugere que Putin pode adotar uma postura mais rígida, buscando recuperar influência enquanto lida com pressões domésticas e internacionais.
Além das consequências políticas, o colapso na Síria representa perdas militares significativas para a Rússia, incluindo o potencial enfraquecimento de bases estratégicas no Mediterrâneo. A queda de Assad reflete os limites do apoio russo em conflitos regionais e pode afetar sua capacidade de projetar poder global. Ainda assim, especialistas alertam que, embora impactado, Putin não deve ser subestimado em seu papel de negociador, mantendo uma postura cautelosa frente às mudanças na dinâmica geopolítica.