A cobra píton-bola, conhecida também como píton-real, é considerada um dos répteis mais populares como animal de estimação, porém, tradicionalmente, acredita-se que ela seja uma espécie solitária. Especialistas, como Morgan Skinner, afirmam que esse comportamento é frequentemente associado à falta de sociabilidade das pítons, levando os tutores a mantê-las isoladas. No entanto, um estudo recente, realizado por Skinner e seus colegas, desafiou essa visão, revelando que as pítons-bola são, na verdade, muito mais sociáveis do que se pensava.
O experimento, realizado em 2020, envolveu a observação de seis pítons-bola em um espaço amplo, onde as cobras, tanto machos quanto fêmeas, foram mantidas por dez dias. Surpreendentemente, as cobras rapidamente se agruparam, passando 60% do tempo juntas em um único abrigo. Mesmo quando o abrigo foi removido, as cobras continuaram a se unir em outros espaços, mostrando uma tendência clara à socialização, que se repetiu ao longo de vários testes com diferentes grupos de espécimes.
Embora alguns especialistas apontem que o comportamento observado pode ser influenciado pelas condições de cativeiro, os pesquisadores sugerem que as pítons-bola, ao terem a liberdade de escolher suas interações sociais, demonstram um comportamento que pode ser característico de sua natureza. O estudo aponta para a possibilidade de que essas cobras, ao serem mantidas isoladas, possam estar sendo privadas de interações sociais importantes, o que poderia impactar seu bem-estar e comportamento natural.