Nos últimos anos, os clubes de futebol brasileiros têm adotado iniciativas inclusivas para garantir uma experiência mais acessível aos torcedores diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O Botafogo, mais recente a entrar nessa tendência, inaugurou uma sala sensorial no Estádio Engenhão, proporcionando um ambiente adaptado para crianças com autismo. Outros clubes, como Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Atlético-MG e Internacional, também oferecem espaços exclusivos para esse público, com recursos como almofadas, piscinas de bolinhas e tratamento acústico para minimizar o barulho do estádio.
A tendência começou com o Coritiba, que foi pioneiro ao criar um espaço inclusivo em 2018. Desde então, outras equipes como o Sport e o Goiás também desenvolveram projetos voltados para o bem-estar de pessoas com TEA. O Sport, por exemplo, tem um projeto em parceria com o Instituto Somar, oferecendo uma clínica para autistas e criando ações de conscientização durante os jogos. O Goiás, por sua vez, oferece um camarote adaptado no Estádio Hailé Pinheiro, além de realizar atividades educativas, como a entrega de camisas com mensagens de apoio ao TEA.
Em São Paulo, os três principais clubes – Palmeiras, Corinthians e São Paulo – possuem espaços adequados para torcedores com TEA. O Allianz Parque, casa do Palmeiras, inaugurou recentemente uma sala sensorial com tratamentos acústicos e recursos de apoio para pessoas com autismo, TDAH e Síndrome de Down. A crescente presença desses espaços reflete uma mudança significativa na postura dos clubes em relação à inclusão, proporcionando uma experiência mais confortável e acessível para todos os torcedores, independentemente de suas necessidades especiais.